Começar de novo…

Posted by Edgar on

Não, não se trata da música do Ivan Lins…

Há muito eu comecei um blog, numa época em que as redes sociais ainda não abundavam. Escrevi muita coisa nele, lá há uma boa parte da minha história na forma de palavras. Mas o tempo passou e eu fui abandonando-o. Pobre blog, ficou no ostracismo, embora vez ou outra algum maluco, navegante nas ondas digitais desta imensidão chamada World Wide Web, o encontre. Philosophias Quotidianas ficou para trás. Nada do que ali foi escrito prescreve, ainda são minhas palavras, embora muita água tenha rolado nesse rio heraclitiano chamado vida. Panta Rhei! Começar de novo…

Um novo blog, uma nova tentativa de palavrear com a tela do computador, esse meu velho amigo. Computadores estão na minha vida desde 1988, se não me falha a memória. Já fui mais íntimo dos bits & bytes, já ensinei muito sobre eles, mas já tem um tempo em que eu tomei outros rumos, fui respirar outros ares, mas os computadores continuam meus amigos. É olhando para um deles que eu escrevo. Mas não escrevo para eles, os computadores. Escrevo para outras pessoas que, assim como eu, vêem parte do mundo pela tela das suas traquitanas tecnológicas. Hoje o computador está camuflado em celulares, tablets, notebooks, TVs e até relógios… muitas telas, múltiplas telas. Escrevo para quem aqui chegar. Escrevo sobre coisas banais, sobre problemas cabais, escrevo sobre teorias infernais, teses abissais, textos canibais. Escrevo para desovar o turbilhão de ideias. Escrevo para fazer pensar. Primeiro a mim, depois a você. Escrevo por escrever. Começar de novo…

O outro blog perdeu espaço para outras mídias. Mea culpa, mea maxima culpa. Perdeu porque eu me perdi nelas. Nesta postagem inaugural, ou re-inaugural, começo a escrever de novo, a escrever na fluidez de quem deixa de lado a rapidez e permite-se dedilhar mais lentamente o teclado, deixando partes do texto para revisar, deixando para publicar só no outro dia, após uma boa noite de sono, sexo ou insônia. É certo que escrevo a partir do meu mundo, de uma ótica que só pode ser vista de dentro de mim, por mim e, por isso mesmo, limitada a mim. Não pretendo te agradar, mas isso pode acontecer. Não pretendo te ofender, embora eventualmente isso vá acontecer. Começar de novo…

Recomeços, tropeços, rastejos, lampejos, despejos… Começo de novo. Onde vamos chegar? Quando vamos parar? Não sabemos e nem queremos saber. Eu não quero. Você quer?

Comecemos de novo.
Começou.

Até,
Edgar.

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